Google afirma que o Android está “tão seguro quanto a concorrência”
A Google liberou o relatório anual de segurança do Android e detalhou várias melhorias que fez na plataforma durante o ano de 2017 para garantir a segurança dos bilhões de usuários do Robô. O chefe da equipe de segurança do Android, do Chrome OS e da Play Store, David Kleidermacher, foi ainda mais longe e afirmou ao Cnet que o “Android agora é tão seguro quanto a concorrência”. Em outras palavras, "tão seguro quanto o iOS da Apple".
Segundo ele, isso tem a ver com as melhorias recentes que a plataforma recebeu, tanto por parte da própria Google quanto por parte das fabricantes de celulares Android, que passaram a distribuir mais atualizações de segurança para seus usuários finais. “A segurança do Android deu um grande passo adiante em 2017, e muitas das nossas proteções agora são referência para o mercado”, completou Kleidermacher.
A Google vem fazendo um grande movimento para reverter a má fama que o Android ganhou em anos anteriores por suas diversas brechas de segurança encontradas por especialistas e também por hackers mal-intencionados.
Em 2015, por exemplo, a plataforma foi alvo do StageFright, brecha pela qual hackers poderiam driblar as proteções do sistema com um simples SMS. Em 2016, o escândalo da vez foi o HummingBad, um tipo de malware que estava infectando milhões de aparelhos Android naquele ano. Em 2017, documentos vazados pelo WikiLeaks indicavam que a CIA — uma das agências de espionagem norte-americana — havia desenvolvido seu próprio malware para atacar smartphones que rodam o sistema do Robô.
O que fez a Google
Em face desses problemas, a Google tomou uma série de atitudes, sendo a mais famosa de todas a implementação da Google Play Protect. A ferramenta está presente na maior parte dos bilhões de dispositivos Android em funcionamento no mundo e consegue identificar malwares e outras ameaças que os usuários instalam em seus dispositivos. Segundo a Google, apenas em 2017, a Play Protect impediu que 1,6 bilhão de “apps potencialmente maliciosos” fossem baixados pelos usuários e ainda removeu 39 milhões de apps dessa natureza que acabaram sendo instalados em smartphones e tablets.
Também foi indicado no relatório que a Google está trabalhando com as fabricantes de aparelhos Android para acelerar a distribuição de atualizações de segurança, e a empresa já conseguiu perceber uma melhoria significativa durante 2017. “A maioria dos mais de 200 modelos diferentes de aparelhos Android feitos por mais de 30 fabricantes lançados em 2017 está rodando uma versão do componente de segurança com no máximo 90 dias de liberação”, revela o relatório. Em 2016, a Google informou que apenas metade desses aparelhos recebeu qualquer atualização de segurança durante o ano.
Por fim, a Google ainda detalhou que está aumentando o valor das recompensas pagas a especialistas em segurança que encontram bugs no Android. Segundo a empresa, a tarefa está cada vez mais difícil, e, por isso, os colaboradores da comunidade merecem mais dinheiro.
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